Iris van Herpen e a escola McQueen

    Quando Alexander McQueen morreu, a moda ficou carente de drama, é… ficou, ficou ligeiramente sem sal.

    Ele mastigou a Alta Costura e jogou de volta na passarela uma obra intensa, poética, chocante, que amedronta e encanta. Perdemos um gênio. #fato

    Mas McQueen  parece que deixou um discípulo na Terra.

    A holandesa Iris van Herpen é uma estilista extremamente conceitual, na verdade ela cria esculturas para serem vestidas, pelo menos eu vejo assim. Estruturas super tecnológicas,  cortes milimétricos, muitas camadas, simetria e uma  forma ao mesmo tempo geométrica e orgânica.

       

       

    Eu não acho que a similaridade nos trabalhos de McQueen e Herpen esteja (apenas) na estranheza de algumas peças. Mas sim no nível de excelência da costura e do resultado que eles obtiveram ao explorar ao máximo o material que eles escolheram. Mesmo que em campos distintos. Alexander com a precisão artística da costura e Iris com a exploração de maquinário digital.

    Iris utiliza muitos tecidos tecnológicos, materiais como plástico, borracha e fibras sintéticas. As peças passam por um processo de impressão a laser que permite que o trabalho atinja esse nível. E o corte definitivamente não é feito por mãos humanas.

       

    Outra curiosidade sobre o trabalho de Iris é a sua parceria com o arquiteto (olha aí, minha gente!) Daniel Widrig. Vejam um pouco do trabalho do cara que vocês vão entender a participação dele.

       

    Claro, ainda não vejo um apelo cênico forte no trabalho da holandesa, nenhuma carga teatral mais aguda como a que Alexander McQueen mostrava nas passarelas. Mas as roupas criadas por Herpen, a visão de ambos, o “passo dado para frente” definitivamente destoam dessa eterna mania que a maioria dos estilistas atuais tem de olhar pra trás o tempo todo.

       

    E se bateu a curiosidade de ver um ser humano se movimentando com as roupas da estilista. Saca só esse vídeo:

O máximo não é mesmo, Björk?

“- Tô salva!”

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